As Dramatic Homage – “Praxis” Single (2020)
Resenha por : Fábio Miloch
Progressive
Extreme Metal/Dark Folk/Atmospheric Rock/Metal
O grupo carioca As Dramatic Homage
vive em um universo próprio, a parte de todas as demais bandas de Heavy Metal
brasileiras, um universo sem rótulos e ausente de definições e fórmulas
pré-estabelecidas.
Onde não existem vias únicas que
levam sempre aos mesmo lugares – aos mesmos limitados ambientes sonoros.
O As Dramatic
Homage é uma banda livre de amarrações criativas e estereótipos: explora, cria
experimenta e ri dos moldes e definições.
Chegando aos
21 anos de existência e tendo como bagagem: duas demos, um álbum completo e um
EP,
A banda prepara-se para lançar mais um trabalho,
na verdade um single, intitulado, “Praxis”, onde uma vez mais,
surpreende, revelando uma nova face de sua música”
Este single é dividido em duas
faixas, a título e um curto instrumental chamado, “ISRS”; e segue, em aspectos,
o mesmo conceito do single anterior, o maravilhoso “Consternation”, embora
sua estrutura musical seja oposta.
Os
intrincados arranjos e a intensidade de outrora, deram, ao menos
momentaneamente, lugar a serenidade e introspecção.
Em “Praxis”,
a banda apresenta uma nova linguagem sonora, mais rústica e simples –
minimalista, nele, a complexidade fica restrita ao conceito lírico, onde as
letras, muitíssimo bem elaboradas nos emprazam a uma reflexão sobre a vida: as
aceitações, mudanças e renúncias – a tudo que nos é inerente – mazelas e
sonhos, quedas e vitórias.
Musicalmente
falando, o As Dramatic Homage criou um cenário belíssimo e ideal para abrigar
um tão real e íntimo tema – cenário esse, composto por letras e arranjos que se
fundem e se completam em perfeita harmonia.
São poucas as
bandas que conseguem criar algo tão belo e consciente, fora de suas habituais
trilhas, eis uma dessas poucas bandas. Alexandre Pontes e cia realizaram tal
proeza, sem perder um milímetro que seja de sua identidade e autenticidade.
“Praxis” é
uma jornada composta por sentimentos e pensamentos profundos, um tomada de
fôlego após um mergulho nas turvas águas do próprio “ser”.
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